Com as baixas temperaturas do inverno já dando as caras, também aumentam os casos de doenças respiratórias como gripe e resfriado.

Doenças respiratórias não infecciosas também são mais comuns nessa época. Quem sofre de rinite alérgica, sinusite e asma precisa tomar mais cuidado, pois, o ar seco, somado a maior concentração de poluentes na atmosfera, favorece o surgimento de crises dessas doenças.

 

Dicas úteis para fugir das doenças respiratórias nesse inverno:

- Mantenha o organismo hidratado;

- Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça;

- Mantenha os ambientes sempre bem arejados.

- Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, algumas dessas doenças são adquiridas pelo ar;

- Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;

- Lençóis e edredons, devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessári;

- A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.

 

Fique de olho: Na maioria dos casos, os problemas respiratórios, principalmente os causados por alergias, tendem a desaparecer sozinhos, no máximo em 3 dias. Ingerir muita água e fazer repouso são medidas que auxiliam a reduzir a intensidade dos sintomas.

Porém, casos mais graves, como os vírus ou doenças que se aproveitem da baixa imunidade para se desenvolver, requerem orientação médica.

Evite a automedicação. Se os sintomas persistirem por mais de 3 dias, agende uma consulta e procure um médico, como um clínico geral ou um pneumologista para que ele possa receitar o tratamento adequado para o seu caso.

 

No frio, à medida que o ar fica seco e frio, ele torna-se carregado com partículas de poeira e poluição e o nosso sistema respiratório precisa trabalhar mais. Com o inverno nos mantemos mais dentro de casa e o maior contato com germes é a receita perfeita para um resfriado. As pessoas se concentram mais em locais fechados, o que facilita a propagação de vírus e bactérias que causam inúmeras doenças. O pneumologista Ciro Kirchenchtejn esclarece várias questões sobre as doenças mais comuns no inverno, como gripe, resfriado, amidalite, asma, otite, bronquite, pneumonia, rinite, sinusite e alergias.

 

Gripe – é causada pelo vírus influenza e, além dos sintomas do resfriado, causa febre alta e abrupta, dores no corpo e fadiga. Pode provocar complicações se não for diagnosticada e tratada corretamente. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação.

  • Evitando: vacinando contra a gripe, especialmente se você se enquadra em um "grupo de risco", que inclui idosos, mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas. Embora a vacina não proteja contra todos os tipos de vírus, ela pode reduzir o risco de contrair a gripe, lavar bem as mãos e o nariz, evitar aglomerações.

 

Resfriado – gripes e resfriados têm sintomas semelhantes, embora sejam doenças diferentes. O resfriado geralmente dura de quatro a cinco dias, mas pode se prolongar por até duas semanas, causando coriza, obstrução das vias respiratórias, febre baixa, espirros e dor de garganta. O tratamento alivia os sintomas e é feito com analgésicos e antitérmicos.

  • Evitando: a melhor maneira de evitar qualquer infecção é lavar as mãos regularmente, desinfetar as superfícies mais comumente tocadas, manter a boa saúde com boa alimentação, atividade física regular e sono adequado.

 

Amidalite – causada por vírus ou bactérias, é uma inflamação das amídalas que causa dor de garganta e ao engolir, mau hálito e febre. O tratamento é feito com anti-inflamatórios.

  • Evitando: Além de um estilo de vida mais saudável, se aconselha que as pessoas cuidem da higiene pessoal, lavando bem as mãos e cobrindo a boca com lenço ou com a dobra do braço ao tossir. Também é importante evitar contato com alguém que esteja em crise.

 

Asma – inflamação dos pulmões e vias aéreas. Mais comum em crianças, embora também acometa adultos. Os sintomas são chiados no peito, tosse e sensação de falta de ar. O tratamento é feito com broncodilatador e deve-se eliminar a poeira doméstica para a prevenção da doença.

  • Evitando: fique longe de fumantes e pessoas com resfriados, coma muita fruta e vegetais frescos, tenha uma atividade física regular e use medicamentos antialérgicos recomendados por um médico.

 

Otite – causada por vírus ou bactérias que infectam a garganta e migram até o ouvido provocando dor e febre, é bastante comum em crianças. O tratamento é feito com antibióticos e analgésicos.

  • Evitando: não deixe que os sintomas da congestão nasal se estendam por um longo tempo. Proteja os seus ouvidos contra o vento frio, com lenços chapéus e casacos para prevenir infecções de ouvido

 

Bronquite – inflamação dos brônquios, o que impede a chegada do ar aos pulmões. Causa tosse seca com chiado seguida de tosse com catarro. O tratamento: utilização de vaporizadores, analgésicos, descongestionantes nasais e hidratação.

  • Evitando: para prevenir-se da doença, o cigarro deve ser evitado.

 

Pneumonia – infecção aguda dos pulmões que pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos. Pode surgir após uma gripe ou crise de bronquite severas. O tratamento é feito com antibióticos.

  • Evitando: tome a vacina contra a gripe, pois esta é a causa comum da pneumonia. A vacina pode ajudar na proteção. Fique longe de amigos ou familiares que estão doentes e evite fumaça de cigarro.

 

Rinite – causada por irritação ou inflamação da mucosa do nariz, é uma das doenças alérgicas mais comuns. Causa espirros, coriza, coceira e entupimento do nariz. O tratamento é feito com medicamentos e vacinas antialérgicas.

  • Evitando: é aconselhável manter o ambiente limpo.

 

Sinusite – é a inflamação dos seios nasais, que são cavidades no crânio em torno do nariz. Provocada por alergias ou infecções por vírus ou bactérias, causa dor de cabeça, pálpebras inchadas, nariz entupido, secreção nasal e dor nos olhos. O tratamento pode ser feito com corticoides, descongestionantes e antibióticos no caso de infecção bacteriana.

  • Evitando: comer frutas e vegetais embalados com antioxidante em abundância, evitar o fumo e os poluentes, beber muitos líquidos e considerar o uso de um umidificador.

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Alergias – são causadas por reações do organismo a diversos elementos, como pelos de animas, mofo, poeira, perfumes etc. Causam inúmeros sintomas, como espirro, coceira e tosse. O tratamento é específico para cada caso.

  • Evitando: prevenção pode ser feita mantendo os ambientes ventilados, limpos e evitando o contato com substâncias que podem desencadear alergia.

 

Importante não se automedicar, procure um especialista e mantenha suas vacinas em dia. Sua saúde vale Ouro. 

 

 

A doação é a retirada de aproximadamente 450 mL de sangue, através de inserção de uma agulha em um dos braços. A coleta é feita sob supervisão de um médico ou enfermeiro. Em ambiente limpo e confortável. Todos os processos da doação de sangue levam em torno de 55 minutos. Doar sangue não dói, nem prejudica a sua saúde.   

Porque se tornou tão importante doar sangue? O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, essencial à vida. Doar sangue é um ato simples, tranquilo e seguro que não provoca risco ou prejuízo à saúde. O sangue não se fabrica artificialmente, o sangue doado não ultrapassa 10% do volume em circulação no corpo. Doar sangue é uma atitude necessária, de solidariedade, cidadania e amor.

Orientações preliminares ao doador de sangue:

Antes da doação você passará por um processo de pré - triagem (verificação de sinais vitais) e uma entrevista individual;

Se você estiver com algum problema de saúde ou apresentando sintomas como perda de peso, manchas na pele, caroços pelo corpo (ínguas), feridas na boca, não doe sangue e procure um médico

 

Tipos de doação

  • Doação Espontânea: feita de modo altruísta, como uma atitude solidária com um único interesse: ajudar o próximo.
  • Doação vinculada: feita vinculada á algum paciente*.
  • Doação autóloga: doar para si mesmo.

 

O que é necessário para doar?

  • Ter idade entre 18 e 69 anos, 11 meses e 29 dias
  • Doadores com idade de 16 e 17 anos de idade, são aceitos para doação mediante a presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal
  •  O limite de idade para primeira doação é de 60 anos
  • O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo
  •  Pesar acima de 50 kg
  • Apresentar documento de identidade com foto
  • Ter repousado bem na noite antes da doação
  • Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas, nas 4 horas que antecedem a doação
  • Evitar uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas

 

Cuidados após a doação

  • Não fumar por 2 a 3 horas
  • Não praticar exercícios físicos e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir caminhão, ônibus em rodovias, por 12 horas.
  • Permanecer no serviço hemoterápico após a doação, por 15 minutos
  • Retirar o curativo 4 horas após a doação.

 

Quem não é apto a doação?

Pessoas que tiveram as seguintes doenças : Hepatite após os 11 anos de idade, Lepra (Hanseníase), Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto, Doença auto-imune, Doença de Chagas, AIDS, Problemas cardíacos, Diabetes,Câncer.

 

Outras situações:

  • Fez ou faz uso de algumas drogas ilícitas nos últimos 12 meses
  • Gestantes ou mulheres que amamentam bebês com menos de 12 meses
  • Teve contato sexual com parceiro ocasional/eventual nos últimos 12 meses
  • Quem fez algum tipo de procedimento dentário - de 1 a 30 dias (de acordo com o procedimento);
  • Quem recebeu transfusão de sangue e ou parceiros (as) de pacientes que receberam sangue ou fazem hemodiálise – 1 ano;
  • Tatuagem, micropigmentação, maquiagem definitiva e piercing - de 6 meses à 1 ano
  • Piercing em cavidade oral ou região genital - 1 ano após a retirada
  • Tiver algum desses sintomas (gripe, tosse, dor de garganta, rinite, febre, resfriado) – 7 dias após a cura
  • Diarreia – 1 semana após último episódio
  • Tiver alguma infecção não tratada ou em tratamento – 15 dias após cura
  • Herpes labial – após a cicatrização total da lesão
  • Aborto ou parto normal – 3 meses
  • Cesárea – 6 meses
  • Amamentação – liberado quando a criança tiver 1 ano
  • Cirurgia – pode variar de 1 à 12 meses
  •  Doenças em geral - passará por avaliação na triagem
  • Quem tomou as seguintes vacinas : Brucelose, Cólera, Coqueluche, Difteria, Febre tifóide, Hemophillus influenzae, Hepatite A, Hepatite B recombinate, HPV, Influenza H1N1, Leptospirose, Meningite, Peste, Pneumoco, Pólio (Salk) e Tétano – 48 horas;
  • BCG, Caxumba, Febre amarela, Influenza, Pólio oral (Sabin), Rubéola, Sarampo, Varicela e Varíola – 4 semanas
  • Raiva após exposição com animal – 1 ano
  • Antibiótico: apto após 15 dias do uso e com cura da infecção
  •  Quem teve convulsão só poderá doar sangue após 3 anos da última crise e término do tratamento medicamentoso.

 

Etapas da doação

  • 1º Passo – Recepção e cadastro

Apresentação de documento expedido por órgão oficial com foto (RG, CNH, Carteira de Trabalho, etc)
Atualização de endereço, trabalho, etc.

  • 2° Passo – Pré-triagem

Peso, altura, verificação de pressão arterial, pulso e temperatura;
Uma "picadinha" no dedo para verificar seu hematócrito e/ ou hemoglobina;

  • 3° Passo – Entrevista clínica

É confidencial e o sigilo é absoluto – confie em seu entrevistador e seja sincero;
Você assinará um Termo de Consentimento onde refere ter entendido as informações recebidas, ter respondido com sinceridade ao questionário, concorda com a coleta de sangue e afirma que está ciente de que se houver resultados sorológicos alterados, será chamado pelo serviço de apoio ao doador;

  • 4º Passo – Coleta de sangue

Será realizada a coleta de 450 ml ± 45ml e amostras de sangue para exames obrigatórios por lei;

  • 5º Passo – Lanche

É fornecido lanche acompanhado por líquidos, para repor o volume retirado na doação. Em casa ou no trabalho continue ingerindo bastante líquido.
Observe o que acontece com o sangue doado
Após a coleta, o sangue é separado em seus componentes dentro de 6 a 8 horas, no setor de processamento;

Cada componentes do sangue tem uma finalidade:

Glóbulos vermelhos – servem para tratar anemias;
Plasma (parte líquida do sangue) – serve para tratar hemorragias. Parte do plasma é encaminhado para indústrias que produzem fatores de coagulação, utilizados para tratar hemofílicos;
Plaquetas – servem para tratar ou evitar sangramentos, e em pessoas que fazem quimioterapia.

Doe SANGUE, Doe VIDAS. 

A pele é o maior órgão do corpo humano e tem como função fazer interação do corpo com o ambiente externo e é ela quem sofre com fatores ambientais.

O Sol e suas radiações podem trazer benefícios, mas também podem ser prejudiciais à pele, e se não tomarmos alguns cuidados diariamente os efeitos podem ser irreversíveis em longo prazo.

Só no Brasil, o câncer de pele atinge milhares de pessoas todos os anos. Segundo a SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia - esse tipo de câncer é considerado o mais frequente no país, correspondendo a 33% dos casos.

Por isso proteger-se do Sol é importante, não só para evitar queimaduras, mas também para prevenção de doenças como o câncer.

 

Problemas causados pelo excesso de exposição ao Sol

Queimaduras

Os raios solares podem provocar queimaduras na pele, e a incidência é maior em pessoas de pele clara. Elas podem ser caracterizadas por vermelhidão ou até bolhas, dependendo do grau, provocando ardência, coceira ou dor no local atingido.

Melasmas

Melasma é caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, principalmente, pelo excesso de exposição solar. Normalmente aparecem com mais frequência nas mulheres.

Envelhecimento precoce

A exposição excessiva ao sol sem proteção é capaz de acelerar o envelhecimento da pele. Isso porque, os raios solares danificam as fibras de colágeno e elastina, provocando rugas e manchas.

Acnes

A exposição solar de forma exagerada faz com que a pele produza mais sebo e, assim, fique propícia para o crescimento de bactérias e fungos responsáveis pelo aparecimento das espinhas. Nesses casos, é indicado lavar o rosto com usar um protetor solar sem óleo, como os em gel.

Câncer de pele

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Existe mais de um tipo da doença, os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

Pintas, lesões elevadas, pintas assimétricas e irregulares ou manchas e feridas que não cicatrizam podem caracterizar o começo de um câncer. É fundamental procurar ajuda médica caso apresente algum desses sintomas.

 

Confira algumas dicas importantes para proteger-se do Sol

  • Usar protetor solar diariamente

A maioria das pessoas só usa protetor solar quando vai à praia, ao clube ou se expor por um período maior. Devemos criar o hábito de usar o protetor todos os dias antes de sair de casa, assim como escovamos os dentes, pois mesmo em dias nublados há exposição aos raios solares.

Lembrando que deve ser reaplicado ao longo do dia, principalmente se fizer atividades que façam transpirar.

 

  • Como escolher o fator ideal do protetor solar

A SBD recomenda um fator mínimo de 30. A pessoa deve escolher o protetor de acordo com tom de pele, por exemplo, quem tem pele clara, se queima mais fácil, é recomendado um FPS de 50 para cima. Se o período de exposição ao Sol for longo, como atividade externa, passeios em clubes ou praias, deve-se escolher um fator acima de 50, mesmo para tons de pele mais escuros.

Lembre-se, para as crianças deve ser usado um protetor solar infantil, pois ele a formulação é adaptada para o tipo de pele mais delicada.

 

  • Acessórios para proteção

É recomendado o uso de acessórios complementares aos protetores, como óculos escuros, bonés, chapéus, sombrinhas e também guarda-sol quando estiver em praias ou em clubes.

 

  • Controle a exposição ao Sol

Entre as 10 e as 14 horas é o período em que a radiação UVB está mais intensa. Atualmente, a maioria dos filtros possui fator contra os raios UVA e UVB, mas nenhum garante 100% de proteção. Portanto, se durante esse horário você estiver na praia, piscina ou até mesmo praticando alguma atividade ao ar livre, o recomendável é não abusar do sol.

Por isso proteger-se do Sol é importante, não só para evitar queimaduras, mas também para prevenção de doenças como o câncer.

 

A asma é uma das doenças respiratórias crônicas (DRC) mais comuns. As principais características dessa doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas normalmente pioram à noite e nas primeiras horas da manhã, após a prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas.

Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente). Para os fatores genéticos, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite e, além da obesidade.

 

Sintomas

 

  • Tosse;
  • Chiado no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Respiração rápida e curta;
  • Desconforto torácico.

Alguns sintomas podem até confundir, mas não são de asma. Para um diagnóstico adequado, procure um profissional de saúde.

 

Diagnóstico

De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido pela anamnese (entrevista do médico com o paciente). Sempre que possível, é recomendado realizar a prova de função pulmonar para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade. Em crianças de até os cinco anos, o diagnóstico é eminentemente clínico, pela dificuldade de realização de provas funcionais.

Na consulta, o médico deverá perguntar se o paciente tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar e chiado no peito; se já usou broncodilatador oral ou inalatório para aliviar os sintomas, se há episódios de tosse persistente, principalmente à noite e no início da manhã; se acorda com frequência à noite por causa de falta de ar ou acessos de tosse; se nota algum dos sintomas após exposição a mofo, poeira, animais, fumaça de cigarro, perfumes ou após resfriados, riso e choro; e se alguém da família tem ou teve asma, alergias ou outros problemas respiratórios.

 

Classificação da Gravidade da asma

MANIFESTAÇÕES CLÍNICA

GRAVIDADE (*)

Intermitente

Persistente leve

Persistente moderada

Persistente grave

Sintomas

2x/semana ou menos

Mais de 2x/semana, mas não diariamente.

Diários

Diários ou contínuos

Despertares noturnos

2x/semana ou menos

3-4x/mês

Mais de 1x/semana

Quase diários

Necessidade de agonista beta-2 adrenérgico para alívio

2x/semana ou menos

Menos de 2x/semana.

Diários

Diária

Limitação de atividades

Nenhuma

Presente nas exacerbações

Presente nas exacerbações

Contínua

Exacerbações

Igual 1/ano ou nenhuma/ano

Igual ou mais de 2/ano

Igual ou mais de 2/ano

Igual ou mais de 2/ano

VEF1 ou PFE

Igual ou maior que 80% previsto

Igual ou maior que 80% previsto

60%-80% previsto

Igual ou menor que 60% previsto

Variação VEF1 ou PFE

Menor que 20%

Menor que 20%-30%

Maior que 30%

Maior que 30%

 

Tratamento

O objetivo do tratamento da asma é a melhora da qualidade de vida, obtida pelo controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. O tratamento medicamentoso é realizado junto com medidas educativas e de controle dos fatores que disparam a crise de asma.

A definição do tratamento é feita a partir dos sintomas atuais, do histórico clínico e da avaliação funcional. São utilizados medicamentos para alívio rápido dos sintomas e para manutenção do controle da crise. A base do tratamento da asma persistente é o uso continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, também chamados controladores, sendo os corticosteroides inalatórios (bombinha) os principais. Pode-se associar também medicamentos de alívio, com efeito broncodilatador.

Em todos os casos, é preciso reduzir a exposição aos fatores desencadeantes/agravantes. A cada consulta, o paciente deve receber orientações para o autocuidado -  identificação precoce dos sintomas, como proceder em caso de crise, controle e monitoramento da asma, e ser agendado para reconsulta conforme a gravidade apresentada.

Fonte: MS