A pele é o maior órgão do corpo humano e tem como função fazer interação do corpo com o ambiente externo e é ela quem sofre com fatores ambientais.

O Sol e suas radiações podem trazer benefícios, mas também podem ser prejudiciais à pele, e se não tomarmos alguns cuidados diariamente os efeitos podem ser irreversíveis em longo prazo.

Só no Brasil, o câncer de pele atinge milhares de pessoas todos os anos. Segundo a SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia - esse tipo de câncer é considerado o mais frequente no país, correspondendo a 33% dos casos.

Por isso proteger-se do Sol é importante, não só para evitar queimaduras, mas também para prevenção de doenças como o câncer.

 

Problemas causados pelo excesso de exposição ao Sol

Queimaduras

Os raios solares podem provocar queimaduras na pele, e a incidência é maior em pessoas de pele clara. Elas podem ser caracterizadas por vermelhidão ou até bolhas, dependendo do grau, provocando ardência, coceira ou dor no local atingido.

Melasmas

Melasma é caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, principalmente, pelo excesso de exposição solar. Normalmente aparecem com mais frequência nas mulheres.

Envelhecimento precoce

A exposição excessiva ao sol sem proteção é capaz de acelerar o envelhecimento da pele. Isso porque, os raios solares danificam as fibras de colágeno e elastina, provocando rugas e manchas.

Acnes

A exposição solar de forma exagerada faz com que a pele produza mais sebo e, assim, fique propícia para o crescimento de bactérias e fungos responsáveis pelo aparecimento das espinhas. Nesses casos, é indicado lavar o rosto com usar um protetor solar sem óleo, como os em gel.

Câncer de pele

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Existe mais de um tipo da doença, os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

Pintas, lesões elevadas, pintas assimétricas e irregulares ou manchas e feridas que não cicatrizam podem caracterizar o começo de um câncer. É fundamental procurar ajuda médica caso apresente algum desses sintomas.

 

Confira algumas dicas importantes para proteger-se do Sol

  • Usar protetor solar diariamente

A maioria das pessoas só usa protetor solar quando vai à praia, ao clube ou se expor por um período maior. Devemos criar o hábito de usar o protetor todos os dias antes de sair de casa, assim como escovamos os dentes, pois mesmo em dias nublados há exposição aos raios solares.

Lembrando que deve ser reaplicado ao longo do dia, principalmente se fizer atividades que façam transpirar.

 

  • Como escolher o fator ideal do protetor solar

A SBD recomenda um fator mínimo de 30. A pessoa deve escolher o protetor de acordo com tom de pele, por exemplo, quem tem pele clara, se queima mais fácil, é recomendado um FPS de 50 para cima. Se o período de exposição ao Sol for longo, como atividade externa, passeios em clubes ou praias, deve-se escolher um fator acima de 50, mesmo para tons de pele mais escuros.

Lembre-se, para as crianças deve ser usado um protetor solar infantil, pois ele a formulação é adaptada para o tipo de pele mais delicada.

 

  • Acessórios para proteção

É recomendado o uso de acessórios complementares aos protetores, como óculos escuros, bonés, chapéus, sombrinhas e também guarda-sol quando estiver em praias ou em clubes.

 

  • Controle a exposição ao Sol

Entre as 10 e as 14 horas é o período em que a radiação UVB está mais intensa. Atualmente, a maioria dos filtros possui fator contra os raios UVA e UVB, mas nenhum garante 100% de proteção. Portanto, se durante esse horário você estiver na praia, piscina ou até mesmo praticando alguma atividade ao ar livre, o recomendável é não abusar do sol.

Por isso proteger-se do Sol é importante, não só para evitar queimaduras, mas também para prevenção de doenças como o câncer.

 

No último dia 8 de abril, foi celebrado o Dia Mundial do Combate ao Câncer. Em referência a esta importante data, o blog traz hoje um artigo sobre o que são linfomas – cânceres que afetam células do sistema imunológico. Esses tumores se originam nos gânglios linfáticos (linfonodos), organismos que atuam no combate a infecções.

 

Uma distinção importante sobre os linfomas é a divisão entre dois tipos: linfoma de Hodgkin (ou doença de Hodgkin) e linfoma não-Hodgkin. Cabe pontuar, no entanto, que existem dezenas de tipos de linfomas que se enquadram nas duas categorias. Ambas as doenças possuem características clínicas similares, mas há algumas diferenças fundamentais. Em comum, o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin têm a boa resposta a dois tratamentos convencionais a cânceres: quimioterapia e radioterapia.

 

(O câncer é uma das doenças de mais difícil cura na atualidade. Existem maneiras de reduzir as chances de desenvolver linfomas e outros tumores. Uma das mais simples e eficazes é manter uma alimentação nutritiva e balanceada. Conheça os vegetais que ajudam no combate ao câncer e outras doenças – 10 vegetais indispensáveis para uma dieta saudável.

 

Taxa média de cura e incidência de linfomas

Uma diferença relevante entre os dois tipos de linfoma é o percentual médio de cura dessas doenças. O índice de cura do linfoma de Hodgkin está na casa dos 75% em pacientes com o tratamento inicial e em casos de recidiva. Já os linfomas não-Hodgkin têm três vezes menos chances de cura: 25% dos casos.

Em relação à incidência de linfomas, a diferença é ainda mais significativa. Os linfomas não-Hodgkin ocorrem cinco vezes mais do que a doença de Hodgkin.

 

Quem são as pessoas mais afetadas por linfomas

Em sua maioria, os linfomas acometem adultos jovens, em plena idade produtiva. Isso cria um sério problema social para as pessoas que desenvolvem a doença, pois, muitas vezes, têm de se afastar do trabalho. Dessa forma, linfomas que impactam adultos jovens comprometem sua vida mesmo quando a doença é curada anos mais tarde.

A seguir, vamos apresentar as características que diferenciam a doença de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin.

 

Linfoma de Hodgkin: incidência e causas

O linfoma de Hodgkin se desenvolve prioritariamente em dois grupos de idade. O primeiro pico de incidência desses linfomas é a partir dos 30 anos e o segundo a partir dos 50. Outro dado importante sobre a doença é a recorrência maior em países industrializados do que em países subdesenvolvidos.

Um dos fatores associados ao aparecimento da doença de Hodgkin é a infecção pelo vírus Epstein-Barr – causador da mononucleose. Vale destacar que a mononucleose é bastante comum e transmitida pela saliva. Não por acaso é conhecida também como “doença do beijo”. Em relação a outras causas desta doença, é importante pontuar que elas ainda não estão totalmente claras para a ciência.

 

Linfoma de Hodgkin: diagnóstico

O inchaço nos gânglios linfáticos é o diagnóstico mais preciso do surgimento da doença de Hodgkin. Esses gânglios têm o tamanho de grãos de feijão e estão presentes em algumas partes do corpo, tais como pescoço, colo, axilas e virilhas.

Se uma pessoa sentir um inchaço nos gânglios, é prudente verificar outros sintomas como perda de peso e febre. A razão não necessariamente será o desenvolvimento do linfoma de Hodgkin. O aumento no tamanho dos gânglios pode ser decorrente de infecções virais ou bacterianas. O diagnóstico mais preciso da doença costuma ser feito por meio de exames específicos como uma biópsia dos gânglios linfáticos.

 

Linfoma de Hodgkin: tratamento

O tratamento mais adequado do linfoma de Hodgkin é a poliquimioterapia (quimioterapia com diversos medicamentos). A radioterapia pode colaborar na cura, mas nem sempre é necessário recorrer a ela.

Um ponto a se destacar é que esse tipo de linfoma é curável quando tratado adequadamente. Mas sempre vale ponderar que o estágio em que a doença é identificada faz grande diferença nas chances de cura. Dependendo da fase, o médico pode estimar o prognóstico do paciente com o tratamento.

Quando a doença é curada e reaparece posteriormente, a poliquimioterapia pode ser opção e, em alguns casos, até um transplante de medula óssea.

 

Linfoma não-Hodgkin: incidência e causas

As diferenças entre os dois principais tipos de linfomas começam pela incidência. O linfoma não-Hodgkin é mais comum em homens de cor branca. Outra característica desse tipo de tumor é acometer com maior frequência o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal).

Existem quatro causas possíveis para o desenvolvimento de linfomas não-Hodgkin, veja quais são:

  • Deficiência imune: está relacionada a tumores agressivos como os linfomas não-Hodgkin. Essa queda na imunidade também tem relação com o vírus da mononucleose, ponto em comum entre os dois tipos de linfomas.
  • Desordens autoimunes: a tireoide de Hashimoto e a síndrome de Sjögren estão associadas ao aparecimento dos linfomas.
  • Agentes infecciosos: certos tipos de vírus e bactérias comprometem o funcionamento do organismo e podem contribuir para que um linfoma não-Hodgkin se desenvolva.
  • Agentes químicos e físicos: inseticidas e agentes químicos presentes em graxas, óleos e tintas elevam o risco de incidência da doença.

 

Linfoma não-Hodgkin: diagnóstico

Os avanços da medicina têm contribuído de forma decisiva na detecção de tumores desse tipo. Mas os primeiros sinais devem ser notados pela própria pessoa. As orientações descritas anteriormente a respeito do inchaço dos gânglios valem também para os linfomas não-Hodgkin. Além desse sintoma, existem outros indicativos que variam de acordo com o órgão ou região do corpo afetado pelo linfoma.

 

  • Linfomas do estômago: dor de estômago, náuseas e perda de apetite.
  • Linfomas no tórax: tosse, dificuldade respiratória, sensação de dor ou pressão no tórax.
  • Linfomas no cérebro: fraqueza, alterações de personalidade, dores de cabeça e perda de concentração.
  • Linfomas na pele: caroços vermelhos ou roxos sob a pele que provocam coceira.

(Leia também: 15 mitos e verdades sobre as doenças de pele)

 

Linfoma não-Hodgkin: tratamento

Grande parte dos linfomas não-Hodgkin é tratada por meio de uma associação de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. A primeira combina diferentes medicamentos para combater o tumor. Já a radioterapia pode reduzir a carga do linfoma em locais específicos e aliviar sintomas para minimizar as chances de recaída.

A imunoterapia, por sua vez, é considerada um dos grandes avanços no combate ao câncer nos últimos anos. Trata-se de um grupo de drogas que não são utilizadas para atacar diretamente o tumor, mas para ajudar as defesas do organismo a enfrentá-lo.

Linfomas não-Hodgkin com maior propensão a invadir o Sistema Nervoso Central (SNC) são tratados com terapia preventiva. Ela consiste na aplicação de injeções diretamente no líquido cérebro-espinhal. A radioterapia também pode funcionar nesses casos com foco específico no cérebro e na medula espinhal. Em pacientes que já tiveram o SNC afetado, esse tratamento também pode ser empregado.

(Um dos tipos de câncer que mais acometem as mulheres é o de mama. Entenda as características desses tumores e como detectá-los precocemente neste artigo)

 

Tipos de câncer que afetam crianças

Há muitos anos, os linfomas e outros tipos de câncer preocupam as pessoas devido à grande dificuldade em tratar doenças celulares como essas. O impacto pode ser ainda mais severo quando o câncer é desenvolvido durante a infância. Quando diagnosticada a tempo, a doença pode ser curada mesmo em crianças. Neste artigo, você vai entender melhor as características do câncer infanto-juvenil.

 

Fontes: Sociedade Brasileira de Cancerologia, Instituto Nacional de Câncer e American Cancer Society.

A pele é o maior órgão do corpo humano e, por isso, pode ser acometida por inúmeras doenças, provocadas pela má higiene, por contato com alergênicos e exposição excessiva ao sol ou ao frio. Além disso, certos problemas cutâneos têm origem emocional, genética ou, até mesmo, desconhecida.

Muitas pessoas não procuram tratamento ou só marcam uma consulta com um especialista quando os sintomas já estão em estado avançado. Caso da psoríase capilar que é facilmente confundida com a caspa. Outras pessoas, por sua vez, devido à falta de informação, evitam entrar em contato com o doente por medo de contrair uma dessas enfermidades. Como o vitiligo, que não é contagioso, mas muita gente ainda acredita que sim! Esse preconceito preconceito só piora a aceitação e a qualidade de vida do portador da doença.

Existem, ainda, aquelas pessoas que adotam alguns hábitos sem se questionar se faz realmente sentido ou não, como usar produtos caseiros como opção de tratamento. A seguir, listamos as verdades e mentiras sobre algumas doenças de pele. Confira!

 

1 Tomar sol piora a psoríase.

Mito. A exposição moderada nos horários em que o sol é benéfico à saúde, isto é, antes das 10h e depois das 16h, é uma forma de tratar a doença, já que diminui a inflamação das placas causadas pelo sistema imunológico. O que costuma agravar os sintomas é o clima frio e seco. Por isso, é importante usar um creme calmante para regenerar a pele. Mas esses não devem ser tomados como os únicos meios de tratamento. Por isso, o acompanhamento médico é essencial.

 

2 Usar produtos caseiros é uma forma de tratar a psoríase.

Mito. Não é recomendado fazer misturas caseiras para aplicar na pele. Dependendo do que você coloca, além de piorar a doença, pode trazer outros problemas. Nem pense em se automedicar. Como a psoríase é uma doença inflamatória crônica e com vários tipos de sintomas, os tratamentos podem incluir medicamentos tópicos e orais. Só o dermatologista é capaz de avaliar o caso e indicar a melhor terapia.

 

3 A psoríase também pode aparecer no couro cabeludo.

Verdade. Esse é um dos locais mais comuns. Tanto que, muitas vezes, é difícil distinguir a caspa da psoríase, já que ambas apresentam sintomas semelhantes, como coceira, vermelhidão e descamação. Vale lembrar que a doença também pode acometer outras partes do corpo, como joelhos, cotovelos e tronco.

 

4 A rosácea atinge outros órgãos além da pele.

Verdade. Essa doença inflamatória crônica ataca os vasinhos da pele e pode se espalhar para outros órgãos em 50% dos casos. A rosácea apresenta vários níveis de complicações, como sensibilidade, vermelhidão, coceira e pequenas brotoejas. Com isso, pode atingir os olhos, causando inflamação nas pálpebras e até conjuntivite.

 

5 Só as mulheres podem ter rosácea.

Mito. Mas a maior probabilidade é de a doença ser desenvolvida por mulheres de pele clara, entre 30 a 60 anos. Nos homens, no entanto, apresenta a forma mais grave chamada rinofima. Essa enfermidade causa o espessamento da pele, formando nódulos inflamatórios, que podem aumentar o tamanho do nariz, deixando a região com aspecto inchado e grosseiro. 

 

6 O alcoolismo pode desencadear a rosácea.

Verdade. Mas não é o único agente. A doença pode ser resultado de fatores psicológicos, exposição à luz, ao vento e ao frio, e à ingestão de alimentos quentes. Como não há cura, só tratamento e controle, tudo o que pode ser considerado um agente que agravará a doença precisa ser afastado. Então, a pessoa precisa evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, usar protetor solar, hidratar muito bem a pele, e se houver indicação, tomar medicamentos.

 

7 Quem tem rosácea e vitiligo pode usar maquiagem.

Verdade. Mas a maquiagem não pode e nem deve substituir o tratamento. Portanto, o primeiro passo é consultar o médico e, com a orientação dele, adquirir maquiagens de qualidade, hipoalergênicas e sem fragrância. Não é toda maquiagem que deve ser aplicada; algumas podem deixar a pele ainda mais sensível.

 

8 Vitiligo é contagioso.

Mito. As manchas aparecem em qualquer lugar do corpo, principalmente nas áreas de atrito, com as mãos e o rosto. Como é visível, muitas pessoas ainda acreditam que podem se contaminar tocando a pessoa com vitiligo. Isso não acontece!

 

9 O estresse pode provocar o vitiligo. 

Verdade. Recentemente, a digital influencer Sophia Alckmin, filha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse em seu perfil no Instagram que aceitava a doença, e que começou, provavelmente, na mesma época da morte de seu irmão – Thomaz, morreu em um acidente de helicóptero em 2015. Em alguns casos, a pessoa fica tão estressada que as manchas podem aumentar e evoluir. Além disso, a doença também pode ser genética e está associada ao excesso de sol e de substâncias tóxicas, como a hidroquinona e derivados do fenol.

 

A digital influencer Sophia Alckmin revelou que tem vitiligo

 

10 Existe mais de um tipo de vitiligo.

Verdade. O vitiligo é uma doença cutânea caracterizada pela falta de melanina, deixando a pele com manchas brancas. Há dois tipos: o segmentar ou unilateral, que se manifesta nos jovens e em apenas uma parte do corpo; e o não segmentar ou bilateral, o tipo mais comum, e se manifesta dos dois lados do corpo (mãos, pés, joelhos).

 

A modelo Winnie Harlow tem vitiligo desde os 4 anos de idade

 

11 Chocolate pode causar acne.

Em termos. Pesquisas apontam que alguns alimentos podem elevar os níveis de glicemia no organismo, como aqueles ricos em açúcares e carboidratos refinados. Por isso, se você exagerar no consumo, pode sim ter acne. Invista em uma versão 70% cacau, cerca de 50 gramas (dois quadradinhos) por dia. Mas vale ficar de olho na sua pele e, se a acne aumentar com o consumo, procure um especialista. 

 

12 A acne aparece mais no período menstrual.

Verdade. A acne adulta surge por conta das alterações hormonais. Quem tem pele oleosa e não cuida, provavelmente tem mais chances de desenvolver o problema. O estresse e a ansiedade favorecem o aparecimento. Um alerta: a Síndrome dos Ovários Policísticos pode causar acne devido aos distúrbios hormonais.

 

13 Lavar o rosto pode prevenir acne.

Em termos. Se você tem a pele oleosa, controle a oleosidade lavando o rosto duas vezes por dia, de manhã e à noite, com sabonete adstringente, além de outros produtos oil free. Mas lavar em excesso pode causar o efeito rebote por remover a oleosidade natural. A pele, por sua vez, produz mais oleosidade para suprir aquela que foi retirada. Vira um ciclo vicioso e piora o problema.

 

14 Espremer espinha pode causar infecções mais sérias.

Verdade. Quando você espreme, cria uma porta de entrada para bactérias que vão para a derme e o tecido subcutâneo. Mesmo com as mãos e a pele higienizadas, há o risco de ocorrer inflamação, inchaço, cicatriz e manchas. E quando você espreme sem o menor cuidado, esse risco triplica. Dependendo do local e da forma como você espreme, as bactérias podem cair no sistema linfático e as consequências podem ser graves, sendo necessário o uso de medicamentos orais, como antibióticos. Foi o que aconteceu com a jornalista Izabella Camargo, apresentadora do tempo, da TV Globo.

 

15 Banho quente pode danificar a pele.

Verdade. A água quente retira o manto hidrolipídico, que é a oleosidade natural que protege a pele. Evite longos banhos quentes e com sabonetes bactericidas, que deixam a pele ressecada e avermelhada, aumentando as chances de rachaduras e coceiras. Por mais que seja impossível tomar banho morno no inverno, diminua o tempo embaixo do chuveiro, use sabonete neutro de glicerina e hidrate muito bem a pele.

 

Você já teve um desses problemas? Conta pra gente, na área de comentários, como descobriu e quais foram os tratamentos indicados.

Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia e Ministério da Saúde.

Dores intensas no baixo ventre e durante a relação sexual e cólicas insuportáveis na menstruação estão entre os principais motivos que levam boa parte das mulheres a agendarem uma consulta de urgência com o médico. É importante saber que esses sintomas costumam ser causados por distúrbios ginecológicos, como a síndrome dos ovários policísticos, a endometriose e o mioma uterino. E mais: esses males podem aparecer em qualquer momento da vida, mesmo para aquela mulher que se cuida e faz os exames de rotina.

A seguir, listamos os principais sintomas, diagnósticos e tratamentos de cada um. Confira e fique atenta aos sinais do seu corpo. 

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)

O chamado SOP é uma alteração provocada pelo desequilíbrio hormonal, que leva à formação de cistos nos ovários. É normal ter cistos, desde que desapareçam a cada ciclo menstrual. O que não acontece quando ocorre a SOP. Os cistos ficam nos ovários, tornam os órgãos até três vezes maiores, alteram o ciclo menstrual e podem levar à infertilidade. Entre as causas principais estão as alterações hormonais e a genética, sobretudo se a doença for detectada em parentes próximos, como mãe e irmãs.

Sintomas: podem ser percebidos já na adolescência, nos primeiros ciclos menstruais por conta da irregularidade. Outras características são o surgimento de acne, pêlos em excesso no rosto - devido à alta produção do hormônio masculino testosterona -, e aumento de peso.

Recentemente, a atriz britânica Daisy Ridley, a heroína Rey, das sagas de “Star Wars”, desabafou nas redes sociais contando que estava com SOP e, ainda, apareceu usando máscara para secar a acne. A jovem contou que demorou para descobrir a doença e agradeceu a ajuda de seus médicos, como a dermatologista, para melhorar o aspecto da pele.  

Diagnóstico: além do exame clínico, em que se observa o excesso de pelos e acne no rosto, são realizados exames de sangue e de hormônios, como a testosterona total – que, geralmente, aparece com o resultado elevado. O ultrassom pélvico ou transvaginal ajuda a detectar os cistos nos ovários.

Tratamento: é feito com medicações, como os anticoncepcionais (pílula, anel, implante), que inibem a formação dos microcistos e reduzem os níveis de hormônios. Dieta equilibrada e atividade física também são indicados para quem está acima do peso ideal. Para engravidar, o médico pode recomendar a indução à ovulação. Como se trata de uma alteração metabólica a SOP pode voltar após o tratamento, pois não tem cura.

Prevenção: não dá para evitar completamente a SOP. Mas quem leva uma vida saudável, com uma alimentação balanceada e prática regular de atividade física, pode normalizar parte dos problemas, como espinhas e alterações menstruais. 

ENDOMETRIOSE

Esta doença se caracteriza pela proliferação do tecido do endométrio, a camada interna do útero, em outros órgãos, como trompas, ovários, intestino e até bexiga. Quando o endométrio, que aumentou devido à ovulação, descama, é expelido pela menstruação. Esse sangue, por sua vez, pode ir para o sentido contrário, em direção aos ovários e cavidade abdominal. As células do endométrio se multiplicam, causando o problema, que pode ser genético e aparecer desde a primeira menstruação.

Sintomas: pode causar dor na região pélvica, durante a relação sexual e no período pré-menstrual. Já na menstruação, o sangramento é intenso ou irregular e são relatadas fortes cólicas. As mulheres sentem, ainda, fadiga crônica e exaustão. Pode haver dificuldade para engravidar e até infertilidade.

Diagnóstico: além do exame clínico, o ginecologista deve indicar exames de sangue e de hormônios, de imagens, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética (capaz de identificar a endometriose profunda). Para complementar os resultados, recomenda-se a ultrassonografia transretal ou ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada.

O especialista pode pedir, ainda, para a paciente realizar biópsia por meio da laparotomia (cirurgia tradicional, considerada mais invasiva) ou laparoscopia (pequenas incisões na barriga para introdução de instrumentos, visualização e retirada das lesões). 

Tratamento: são receitados medicamentos orais, como analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Para algumas mulheres é indicado o DIU (dispositivo intrauterino) com levonorgestrel, um hormônio semelhante à progesterona, que ajuda a evitar o desenvolvimento do endométrio. Medicamentos com hormônios, como danazol e dienogeste, também podem ser receitados. Mas, se a mulher pretende engravidar, a indicação do médico será o tratamento em um centro de reprodução humana para a realização da fertilização in vitro.

Existem ainda os casos cirúrgicos, feitos por videolaparoscopia, por meio de pequenas incisões no abdômen. Trata-se de uma das melhores técnicas para se diagnosticar a doença e fazer uma cirurgia, pois sabe-se o número de lesões e aderências, que são retiradas durante o processo. Já com a laparoscopia, além de se fazer a biopsia, é possível eliminar alguns focos da endometriose ou suas complicações, como os cistos.

Recentemente, a atriz e modelo Giovanna Ewbank contou em seu canal no Youtube que passou por uma cirurgia para corrigir a endometriose.

Existem situações mais sérias em que a pessoa precisa passar por uma cirurgia convencional para remover partes ou até mesmo um órgão. Caso da atriz norte-americana Lena Dunham, criadora e protagonista da série “Girl”, que se submeteu a uma histerectomia (remoção do útero) após 10 anos sofrendo com a SOP.

Prevenção: é difícil falar em prevenção, pois vários fatores podem desencadear a endometriose. Mulheres com fluxo menstrual mais intenso e frequente teriam maior risco de apresentar a doença. Sabe-se também que a genética influencia. Mas a mudança de hábitos alimentares, redução do consumo de álcool e de cafeína, e prática de atividades físicas regulares, diminui as chances de desenvolvê-la. A endometriose é uma doença crônica, e, por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

MIOMA

É um tumor benigno e sua causa é desconhecida. O músculo uterino cresce dentro ou fora do útero e pode alterar o formato do órgão. Ocorre com maior frequência entre os 35 e 50 anos e incide de três a nove vezes mais em mulheres da raça negra. Sabe-se, ainda, que os hormônios estrogênio e progesterona influenciam o seu desenvolvimento. Com a chegada da menopausa e a queda dos hormônios, o mioma costuma encolher e até desaparecer. Já durante a gravidez acontece ao contrário, a tendência é aumentar de tamanho.

Sintomas: pode ser assintomático, isto é, a grande maioria não sente nada e descobre após passar por exames de rotina. Entretanto, os principais desconfortos causados pelo mioma à medida que se desenvolve é a menstruação irregular, que pode ser intensa e por períodos prolongados levando, inclusive, à anemia. Dependendo da localização, pode gerar cólicas, sangramento entre uma menstruação e outra, e dores abdominais, pélvicas e durante a relação sexual. Muitas mulheres apresentam também infecções no sistema urinário.

Diagnóstico: se estiver em um tamanho anormal, quando altera o tamanho do útero ou seu relevo, pode ser diagnosticado no exame clínico de toque. A ultrassonografia transvaginal confirmará o diagnóstico, revelando o tamanho, a localização, a quantidade e o tamanho de cada mioma.

Tratamento: quando os miomas são pequenos e assintomáticos, não há o que tratar. A partir do momento em que se desenvolvem, produzem sintomas. Nesses casos, as opções terapêuticas são o uso de anticoncepcional e a embolização da artéria, que é uma técnica não-cirúrgica e indicada exatamente para adiar a cirurgia. Não sendo possível, o especialista parte para a cirurgia (miomectomia) e a remoção do mioma. Detalhe: o mesmo mioma pode voltar. Em último caso, o definitivo, acontece a retirada do útero (histerectomia).

Prevenção: não existe um medicamento para prevenir, apenas para impedir o seu crescimento ou reduzir seu tamanho, temporariamente. Devido aos fortes efeitos colaterais, esses remédios não podem ser usados por mais de quatro meses. E, sendo assim, o mioma costuma voltar a crescer após o tratamento.

O fato é que muitas mulheres já passaram e estão passando por algum desses distúrbios. Você é uma delas? Se sim, queremos saber. Conta pra gente como descobriu o problema e por quais tratamentos optou.

Fontes: Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo; Associação Brasileira de Endometriose; e Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.