Dia de Combate ao Câncer Infantil
A Doença
Ninguém espera que uma doença como o câncer possa atingir alguém com tão pouco tempo de vida. É por isso que muitos pais ficam aflitos quando descobrem que o seu filho tem a doença. Felizmente, com os avanços da pesquisa e dos tratamentos, o câncer infanto-juvenil – uma das causas de mortes não acidentais mais comuns entre crianças e adolescentes – já pode ser derrotado quando diagnosticado a tempo.
Os pais devem ficar atentos a problemas que não somem. Após o diagnóstico devem procurar tratamento imediato que, se aplicado nas fases iniciais da doença, permite a cura em cerca de 70% dos casos.
Câncer Infanto-juvenil no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticadas com câncer anualmente no Brasil, o que representa uma média de 32 casos por dia e é considerada a primeira causa de morte por doença na população infanto-juvenil.
Pesquisas nacionais e internacionais ainda não conseguiram desvendar o que pode desencadear o câncer pediátrico, mas já é sabido que ele é causado por alterações em células embrionárias. Por isso, a prevenção não é possível e o diagnóstico precoce é fundamental para o aumento das chances de cura.
A boa notícia é que em centros médicos especializados no tratamento da doença, a taxa de cura média é de 70%, comparável a países de primeiro mundo.
Os sinais e aos sintomas da doença são:
- Dores de cabeça pela manhã e vômito;
- Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
- Dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças;
- Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas;
- Aumento de tamanho de barriga e
- Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.
Tipos de Tumores
Atualmente, os métodos utilizados no tratamento do câncer infantil garantem altos índices de cura, perto de 70%. Mas, para se chegar nesse patamar, é fundamental o diagnóstico precoce.
Muitos dos sintomas são semelhantes aos de várias doenças infantis comuns, mas, se eles não desaparecerem em um prazo de 7 a 10 dias, é preciso voltar ao médico e insistir para obter um diagnóstico mais detalhado com exames laboratoriais ou radiológicos.
Conheça os tipos de câncer mais comuns em crianças:
- Leucemia;
- Tumores do Sistema Nervoso Central;
- Linfoma não Hodgkin;
- Neuroblastoma;
- Tumor de Wilms;
- Sarcomas de partes moles;
- Tumores ósseos;
- Retinoblastoma;
- Doença de Hodgkin;
- Histiocitose;
- Tumores Germinativos.
Tratamento
Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de imagens. Pela sua complexidade, o tratamento deve ser feito em centro especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.
O trabalho coordenado de vários especialistas (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radio terapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos) também é determinante para o sucesso do tratamento.
Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Neste sentido, não deve faltar ao paciente e à sua família, desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário.