Dia 02 de Maio Dia Mundial de Combate a Asma
A asma é uma das doenças respiratórias crônicas (DRC) mais comuns. As principais características dessa doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas normalmente pioram à noite e nas primeiras horas da manhã, após a prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas.
Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente). Para os fatores genéticos, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite e, além da obesidade.
Sintomas
- Tosse;
- Chiado no peito;
- Dificuldade para respirar;
- Respiração rápida e curta;
- Desconforto torácico.
Alguns sintomas podem até confundir, mas não são de asma. Para um diagnóstico adequado, procure um profissional de saúde.
Diagnóstico
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido pela anamnese (entrevista do médico com o paciente). Sempre que possível, é recomendado realizar a prova de função pulmonar para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade. Em crianças de até os cinco anos, o diagnóstico é eminentemente clínico, pela dificuldade de realização de provas funcionais.
Na consulta, o médico deverá perguntar se o paciente tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar e chiado no peito; se já usou broncodilatador oral ou inalatório para aliviar os sintomas, se há episódios de tosse persistente, principalmente à noite e no início da manhã; se acorda com frequência à noite por causa de falta de ar ou acessos de tosse; se nota algum dos sintomas após exposição a mofo, poeira, animais, fumaça de cigarro, perfumes ou após resfriados, riso e choro; e se alguém da família tem ou teve asma, alergias ou outros problemas respiratórios.
Classificação da Gravidade da asma
MANIFESTAÇÕES CLÍNICA |
GRAVIDADE (*) |
|||
Intermitente |
Persistente leve |
Persistente moderada |
Persistente grave |
|
Sintomas |
2x/semana ou menos |
Mais de 2x/semana, mas não diariamente. |
Diários |
Diários ou contínuos |
Despertares noturnos |
2x/semana ou menos |
3-4x/mês |
Mais de 1x/semana |
Quase diários |
Necessidade de agonista beta-2 adrenérgico para alívio |
2x/semana ou menos |
Menos de 2x/semana. |
Diários |
Diária |
Limitação de atividades |
Nenhuma |
Presente nas exacerbações |
Presente nas exacerbações |
Contínua |
Exacerbações |
Igual 1/ano ou nenhuma/ano |
Igual ou mais de 2/ano |
Igual ou mais de 2/ano |
Igual ou mais de 2/ano |
VEF1 ou PFE |
Igual ou maior que 80% previsto |
Igual ou maior que 80% previsto |
60%-80% previsto |
Igual ou menor que 60% previsto |
Variação VEF1 ou PFE |
Menor que 20% |
Menor que 20%-30% |
Maior que 30% |
Maior que 30% |
Tratamento
O objetivo do tratamento da asma é a melhora da qualidade de vida, obtida pelo controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. O tratamento medicamentoso é realizado junto com medidas educativas e de controle dos fatores que disparam a crise de asma.
A definição do tratamento é feita a partir dos sintomas atuais, do histórico clínico e da avaliação funcional. São utilizados medicamentos para alívio rápido dos sintomas e para manutenção do controle da crise. A base do tratamento da asma persistente é o uso continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, também chamados controladores, sendo os corticosteroides inalatórios (bombinha) os principais. Pode-se associar também medicamentos de alívio, com efeito broncodilatador.
Em todos os casos, é preciso reduzir a exposição aos fatores desencadeantes/agravantes. A cada consulta, o paciente deve receber orientações para o autocuidado - identificação precoce dos sintomas, como proceder em caso de crise, controle e monitoramento da asma, e ser agendado para reconsulta conforme a gravidade apresentada.
Fonte: MS